A explosão de um carro-bomba explodiu nesta terça-feira (12) em uma praça no centro de Bagdá deixou 63 pessoas mortas e mais de 230 feridos, de acordo com recontagem do ministério do interior. Na primeira parcial da polícia, eram mais de 70 as vítimas fatais. O ataque aconteceu no dia em que o presidente americano, George W. Bush, realizou uma teleconferência com os principais militares dos EUA nos Iraque, para discutir uma nova estratégia para solucionar o conflito no país. A maioria das vítimas da explosão era de iraquianos xiitas pobres em busca de emprego na praça Tayaran. Eles foram atraídos por um homem que prometia contratá-los para trabalhos temporários. Quando uma multidão se formou em volta de sua van, ele detonou o veículo.
O atentado quebrou vidros e vitrines de lojas da região, deixou crateras nas ruas e provocou o incêndio de mais de dez carros, estacionados no local. Uma nuvem de fumaça tomou conta do bairro. A praça Tayaran é conhecida por ser um ponto de encontro em que pintores, pedreiros, encanadores e carpinteiros em busca de empregos. A maioria vêm de bairros pobres, como o reduto xiita de Cidade Sadr. A praça fica ao lado de diversos prédios do governo e da área protegida e fortificada conhecida como Zona Verde, onde ficam o Parlamento iraquiano e as embaixadas dos EUA e da Grã-Bretanha.
O primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, culpou extremistas sunitas e partidários do ex-ditador Saddam Hussein pelo "massacre horrendo". "Foi mais uma tentativa de espalhar o caos, mas as forças de segurança vão persistir os criminosos e levá-los à justiça", prometeu Maliki. Mais cedo, alguns policiais que vigiavam a praça bagdali afirmaram que o número de mortos era maior que 70 e que se tratava de um ataque a bomba coordenado envolvendo uma minivan e um outro veículo. Mas o Ministério do Interior confirmou a explosão de apenas uma picape e a morte de 63 pessoas.
Em Washington, o presidente Bush recebeu o vice-presidente sunita Tariq al-Hashemi. "Nosso objetivo é o de ajudar o governo iraquiano a lidar com os extremistas e os assassinos, e apoiar a vasta maioria do povo iraquiano que deseja a paz", disse Bush depois de um encontro com Hashemi no Salão Oval da Casa Branca. A reunião foi realizada depois da teleconferência entre Bush e os militares americanos no Iraque.