Franciele Caroline Moscaleski, 26 anos, teve a prisão preventiva decretada em audiência de custódia. A jovem, que confessou aos policiais da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) ter madato o tenente da Polícia Militar Cassio Ormond de Araújo, 31, deve ser transferida para o Complexo Médico Penal (CMP).
Com a decisão judicial, tomada nesta terça-feira (25), agora não há mais prazo para que Franciele saia da cadeia. A expectativa da polícia é de que a jovem aguarde o julgamento presa.
O que os policiais da DHPP procuram agora é confirmar que a história contada por Franciele, de que o tiro foi acidental, foi armada. A Tribuna apurou que uma reconstituição do crime deve ser feita nos próximos dias, mas ainda sem data confirmada.
A versão de Franciele é que o tenente Cássio estaria a ensinando como girar a pistola .40 para que depois a colocasse no coldre. “Girei uma vez, foi tranquilo. Na segunda vez, a arma disparou sozinha”, contou a mulher aos policiais civis, defendendo a ideia de que o disparo acertou em cheio a cabeça do policial.
O crime
O assassinato aconteceu por volta das 22h de domingo (23), no apartamento do casal, na Rua Presidente Epitácio Pessoa, no Tarumã, em Curitiba. Logo quando a Polícia Militar (PM) chegou, Franciele teria dito que o tenente tinha se matado.
Poucas horas depois, com o exame de necropsia feito pelo Instituto Médico-Legal (IML) e pela perícia do Instituto de Criminalística, a DHPP confirmou que o ferimento na cabeça do policial não era compatível com o de um suicídio. Aos policiais civis, Franciele acabou contando que inventou a história por medo de ser presa.
Questionada sobre o motivo, ela alegou que foi um acidente. A polícia busca ainda descobrir se há algum motivo por trás do que diz a jovem. Franciele foi autuada por homicídio qualificado e, se condenada, pode pegar até 30 anos de prisão.