Brasília – O Orçamento Geral da União para 2007, aprovado nesta sexta-feira (22) em votação simbólica pelo plenário do Congresso Nacional, prevê receita líquida (descontadas as transferências para estados e municípios) de R$ 512,4 bilhões, o que representa 22,69% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todas as riquezas produzidas no País), e despesas de R$ 461,7 bilhões, ou 20,45% do PIB.
A diferença entre receitas e despesas é usada para o superávit primário, economia que o governo faz para pagar juros da dívida, que está projetado em R$ 55,3 bilhões.
Pela primeira vez em dez anos, a proposta foi aprovada antes do término da legislatura, sem necessidade de convocação extraordinária dos parlamentares.
O relator da proposta orçamentária, senador Valdir Raupp (PMDB-RO), destacou os R$ 76 bilhões previstos para investimentos ? cerca de um terço a mais que os recursos previstos para este ano. ?Se [o governo] conseguir executar todo esse valor em 2007, não tenho dúvida que vai ser uma evolução no Brasil. É uma pena que nem sempre o orçamento é executado. A burocracia e, às vezes, os contingenciamentos [bloqueio de recursos do orçamento] acabam impedindo. Mas se as receitas forem realizadas, não há por que haver contingenciamento?, afirmou.
