Brasília – A Receita Federal do Brasil teve arrecadação recorde no mês de setembro – R$ 37.990 milhões, contra R$ 35,225 no mesmo mês de 2004. O acumulado do ano ficou em R$ 345.752 milhões. O crescimento nominal da arrecadação total da Receita em setembro foi de 10,34% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em comparação com setembro de 2004, o crescimento da arrecadação, incluindo as receitas administradas por outros órgãos, foi de 7,85%. As informações foram dadas hoje, em entrevista coletiva, pelo secretário adjunto da Receita, Ricardo Pinheiro.
A arrecadação da Contribuição para o Plano de Seguridade Social do Servidor (CPSSS) passou a ser feita com a Guia de Recolhimento da União (GRU), não sendo mais acompanhada pela Receita. No acumulado de janeiro a setembro de 2005, o recolhimento foi de R$ 307,8 milhões. Este é o segundo mês em que a Receita Federal do Brasil apresenta os números da arrecadação conjunta, depois da fusão com a Receita Previdenciária.
Seis setores tiveram grande crescimento na arrecadação do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), de janeiro a setembro passado. Foram as áreas de Intermediação Financeira, com aumento de 35,62%; Combustíveis, com 27,52%; Telecomunicações, com 182,12%; Eletricidade, com 58,48%; Metalurgia Básica, com 67,8%, e Extração de Minerais Metálicos, com 350,60%.
A arrecadação do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) também teve crescimento (12,85%) de janeiro a setembro de 2005 de 12,85%, por conta de ganho de capital na alienação de bens e ganho líquido em operações em bolsa, resultando em R$ 1.388 milhões para os cofres da Receita Federal do Brasil. Foram arrecadados também em IRPF, entre junho a setembro de 2005, R$ 230 milhões decorrentes de depósitos judiciais.
Ricardo Pinheiro disse que a fusão da Receita Previdenciária com a Receita Federal "permitiu maior eficácia na área de fiscalização, porque deu uma sinergia maior no combate à sonegação". Segundo Pinheiro, "o tempo vai mostrar à sociedade brasileira que está sendo constituída uma instituição mais fortalecida, mais eficiente, mais preparada para atender os anseios da sociedade".
Quanto à greve dos servidores da Receita, que já dura 100 dias, o secretário adjunto observou que o movimento "não traz resultados negativos imediatos". Ele explicou que os servidores "têm um nível profissional muito bom e, quando voltarem ao trabalho, em 30 dias, colocam as coisas em dia".