No último fim de semana, uma operação da Receita Federal em Foz do Iguaçu (PR), na fronteira com o Paraguai, resultou na apreensão e destruição de meio milhão de CDs piratas e 250 mil maços de cigarros contrabandeados. A ação foi acompanhada pelo secretário da Receita Federal, Jorge Rachid. Segundo ele, as práticas naquela região impedem a geração de emprego no mercado formal.
?Milhares de empresas são fechadas por não suportarem a concorrência dos produtos importados ilegamente?, lembra Rachid. Hoje, em nota à imprensa, ele fez um balanço das ações da Receita na região da tríplice fronteira. ?No primeiro semestre deste ano, o volume de destruição de mercadorias chegou a R$ 39,3 milhões. Isso significa um aumento de 42% em relação ao mesmo período do ano passado.?
Entre as estratégias usadas para combater o contrabando e a pirataria está o fechamento das empresas de fachada ? cerca de 565 foram retiradas do mercado nos últimos dois anos. Outra ação que vem dando resultado é a apreensão de ônibus que transportam mercadoria irregular. De janeiro a agosto deste ano, foram retidos 204 veículos que prestavam esse tipo de serviço. A Receita Federal calcula que, juntos, esses ônibus transportavam cerca de R$ 1 bilhão em mercadores.
?Conseguimos aplicar um fortíssimo golpe no contrabando. Estamos tirando deles o meio de transporte?, comemora o delegado de Foz do Iguaçu, José Carlos de Araújo. Segundo ele, a multa e a apreensão de veículos flagrados com mercadorias contrabandeadas se tornou possível após a edição de lei 10.833/2003.
No início deste ano, os comboios chegavam a 350 ônibus. Agora, pelos cálculos da Receita Federal, esse número não passa de 120. Para prestar o serviço, os ônibus são adaptados: as janelas ganham películas e os assentos acabam retirados. Boa parte desses veículos já nem transportam sacoleiros. O serviço passou a ser feito por atacado.
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