Cai o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todas as riquezas produzidas no País em medição anunciada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cada trimestre, mas em compensação a receita estimada pelo setor de turismo – US$ 4,2 bilhões – é motivo de ufanismo para os operadores do trade.
Não sem razão, pois ainda nesta semana o prefeito de Foz do Iguaçu, Paulo McDonald Ghisi, festejou a chegada do milionésimo turista do ano – um cidadão francês – para visitar as cataratas.
O relatório sobre o rendimento da indústria turística foi produzido pela Fundação Getúlio Vargas, com base em dados recolhidos em 950 empresas que não só confirmam a expectativa da entrada de divisas no País, mas projetam apreciável expansão do setor já em 2006.
Fator não desprezível nessa avaliação é que a valorização do real frente ao dólar, favorecendo a lógica do incremento de viagens de brasileiros ao exterior, não arrefeceu o fluxo de visitantes estrangeiros. É também notório o crescimento do número de turistas internos viajando através do País.
Setor apontado há alguns anos como o mais promissor nos itens geração de empregos e captação de divisas, a indústria turística exibe no momento os efeitos positivos dos investimentos maciços realizados em hotelaria, gastronomia e produtos turísticos orientados para a plena satisfação das demandas contemporâneas.
O Banco Central revela que de janeiro a outubro entraram na economia interna cerca de US$ 3,1 bilhões, quase o mesmo valor registrado durante todo o ano de 2004 (US$ 3,2 bilhões). A projeção do Ministério do Turismo é que o faturamento até 31 de dezembro deste ano chegue pelo menos a US$ 4 bilhões, o que será um feito extraordinário.
A expectativa é plenamente factível tendo em vista os indicativos da não-interrupção da entrada de turistas vindos de outros países nos últimos três meses, além da movimentação interna e, sobretudo, com a chegada das festas natalinas e férias escolares.
O setor deve investir R$ 20 bilhões até o final de 2007, garantindo a geração de 1,2 milhão de postos de trabalho, dos quais os primeiros 250 mil foram abertos este ano. Na linha da exploração inteligente e bem dosada de seu imenso potencial, o Brasil poderá transformar-se na meca do turismo mundial nos próximos anos.
Assertiva que o conselheiro Acácio não teria ânimo de contestar.
