A carga tributária do Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) subiu em 2006. De acordo com dados divulgados nesta terça-feira (30) pelo Tesouro Nacional, as receitas totais passaram de 25,21% do PIB em 2005 para 26,01% no ano passado. Como as transferências para Estados e municípios aumentaram de 4 33% para 4,44% do PIB, a receita líquida do Governo Central avançou de 20,87% do PIB em 2005 para 21,57% do PIB em 2006.
A carga das despesas também subiu no ano passado, de 18,15% do PIB em 2005 para 19,19%.
O esforço fiscal do Governo Central em 2006 teve uma ajuda extra com o pagamento maior de dividendos pelas empresas em que a União detém participação acionária, como Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Petrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. O caixa do governo, com esses recursos, dobrou em 2006 em relação ao ano anterior, atingindo R$ 9,740 bilhões ante R$ 4,854 bilhões em 2005.
O maior reforço veio do BNDES. Em 2006 o banco pagou R$ 3,041 bilhões em dividendos, ante R$ 775 milhões em 2005. A Petrobras transferiu ao Tesouro em 2006 R$ 2,340 bilhões. Em 2005, a transferência da Petrobras ficou em R$ 1,684 bilhão. O Banco do Brasil deu uma contribuição de R$ 2,265 bilhões em dividendos, valor bem acima dos R$ 641 milhões pagos em 2005. A Caixa Econômica pagou em dividendos R$ 1,1 bilhão em 2006, ante R$ 503 milhões em 2005.