A exportação de carne suína apresentou em volume queda de 12,68% em fevereiro, na comparação com o mesmo mês de 2005. Foram embarcadas 37.591 toneladas, ante 43 052 toneladas em fevereiro do ano passado. O balanço foi divulgado hoje (23) pela Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). Em termos cambiais, as empresas faturaram US$ 68,4 milhões, em comparação com US$ 80,1 milhões em 2005, representando recuo de 14,62%.

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Conforme a Abipecs, o levantamento sugere que o embargo às carnes brasileiras, resultado da descoberta de um foco de febre aftosa no Paraná em dezembro, já provoca reflexos negativos no desempenho comercial do setor em 2006. Atualmente, o Brasil é o quarto no ranking mundial de produtores e exportadores de carne suína.

Segundo o presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto, o balanço de fevereiro ainda contabilizou estoques remanescentes do período anterior ao embargo (12 de dezembro). Mas as exportações para a Rússia, principal mercado comprador da carne suína brasileira, estão paralisadas.

"Para março, a perspectiva é de que a queda das exportações alcance 40%, colocando o setor da carne suína em risco. Esperamos que o governo cobre da Rússia o respeito às regras internacionais de saúde animal, compromisso que aquele país assumiu em troca do apoio dado para sua entrada na Organização Mundial do Comércio (OMC)", afirmou o presidente da Abipecs. "O setor deveria viver um bom momento, resultado da forte demanda internacional por carne suína em substituição às aves. Mas sofre uma crise pela não observância pela Rússia das regras internacionais da Organização Internacional de Epizootias (OIE) e do acordo sanitário da OMC."

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