O ministro Aldo Rebelo afirmou hoje (13) ser contra o afastamento do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e do ministro da Previdência, Romero Jucá, que estão sendo investigados pela Justiça. Rebelo disse que não pode ser feito um pré-julgamento dos dois ministros antes de uma decisão final sobre os episódios.
Ontem, o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, pediu o afastamento de Meirelles até que as denúncias de crime eleitoral, sonegação fiscal e evasão de divisas sejam apuradas. Já o ministro Romero Jucá é acusado de irregularidades na contratação de empréstimo junto ao Banco da Amazônia.
"As investigações são investigações, elas não são julgamentos, ou seja, não há uma decisão da justiça sobre os episódios. Você pode prejulgar e atingir uma pessoa que não tenha culpa", afirmou Rebelo. "Portanto, o correto em uma sociedade democrática, onde não há o prejulgamento, é aguardar a decisão final da justiça. Acho que é isso que o governo deve fazer".
Aldo Rebelo visitou a Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura (Feimafe), promovida pela Abimaq.
Sobre as especulações de que deixaria a coordenação política do governo, Rebelo afirmou estar capacitado para cumprir a função até o momento em que for útil ao presidente. "Eu tenho uma responsabilidade, uma função e tenho que zelar por ela", disse. Eu tenho a obrigação de trabalhar e cumprir meu papel".
