O presidente da Câmara, Aldo Rebelo, defendeu a tática do candidato Luiz Inácio Lula de Silva de alertar sobre o risco de privatizações num eventual governo de seu adversário, o tucano Geraldo Alckmin. Rebelo disse que o País já passou pela experiência da privatização e que esse debate é legítimo. "Eu sou contra qualquer tática que atribua ao adversário aquilo que ele não defende. Mas o mais proeminente líder do PSDB, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, defendeu em carta que enviou ao partido a retomada das privatizações", afirmou Rebelo, completando que se o candidato Alckmin não defende isso, deve se queixar.
Segundo Rebelo, o fato de falar de privatizações não significa acusar alguém de crime, mas se referir a medidas adotadas no passado. "A não ser que hoje já seja crime acusar alguém de defender a privatização". Ele lembrou que no governo FHC, na época em que se aprovou a flexibilização do monopólio do petróleo, foi preciso firmar um compromisso de que a Petrobrás não seria vendida. Rebelo disse ainda que há correntes sólidas que defendem essa idéia.
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