Porto Velho – A rebelião na penitenciária Agenor Martins de Carvalho, em Ji-Paraná, a 380 quilômetros de Porto Velho, resultou na morte de um dos presos mais perigosos de Rondônia. Reinaldo Nery, o "Apuí", morreu durante troca de tiros com agentes penitenciários, ocorrida no final da tarde da última segunda-feira, quando começou a revolta. Ele era um dos líderes no presídio Urso Branco, na capital, onde coordenou diversas execuções.

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Em abril de 2004, durante rebelião que resultou na morte de 14 presos no Urso Branco, Apuí ajudou a esquartejar diversos corpos e jogou futebol no pátio do presídio com a cabeça de uma das vítimas. Ele acabou transferido, em uma tentativa de diminuir a violência na casa de detenção de Porto Velho. Mas tornou-se um dos líderes dos presos em Ji-Paraná e é apontado como um dos mentores da rebelião desta semana.

A revolta, que durou pouco mais de 24 horas, resultou na morte de mais dois presos e do agente penitenciário Gilberto Ramos, de 52 anos. Pouca coisa foi destruída pelos detentos. O diretor da penitenciária, Joel Araújo de Oliveira, que permaneceu refém dos apenados durante a rebelião, disse hoje que não será preciso reconstruir o local, como chegou a acontecer em revoltas anteriores.

O condenado Beni Joel Batista, baleado no pescoço durante confronto com os agentes penitenciários, foi transferido para Porto Velho na tarde de hoje. Ele tinha usado como isca pelos colegas de cela para iniciar a rebelião. Tinha se passado por doente, para que os demais presos chamassem socorro. O tiroteio começou quando os agentes chegaram ao pavilhão para levá-lo à enfermaria.

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