Rebelião em Presidente Prudente já dura 14 horas

Já dura mais de 14 horas a rebelião de presos na penitenciária de segurança máxima de Presidente Prudente, em São Paulo, em que 21 pessoas são mantidas como reféns. Inicialmente eram 22 os reféns, mas, por volta das 21h30 de ontem, os detentos libertaram o agente Croife Pedro Galante. As negociações foram interrompidas uma hora depois e serão retomadas no amanhecer desta quarta-feira.

A rebelião na penitenciária de Presidente Prudente, a 565 quilômetros de São Paulo, teve início por volta de 16h da tarde de ontem, quando os presos eram reconduzidos às celas após o banho de sol. Um detento e dois agentes, que conseguiram escapar após lutar com os presos, ficaram levemente feridos e tiveram de ser socorridos. Os rebelados atearam fogo em colchões e destruíram grades e parte do telhado. Alguns deles, encapuzados, permaneciam no telhado da prisão, de onde se comunicavam com parentes, que acompanhavam tudo da porta da unidade. As famílias apontam a insatisfação dos presos com a lentidão dos processos e com a direção da penitenciária, que estaria impedindo visita a alguns internos, como motivos da revolta.

A Secretaria da Administração Penitenciária não confirma. O delegado Vagner Negre disse, ao deixar a penitenciária, que a "cadeia foi toda destruída", mas negou, no entanto, informações sobre mortos no local. O pelotão de choque da PM entrou na unidade, mas não tem acesso ao raio onde se encontram a maior quantidade de presos, com os reféns. É a primeira rebelião na penitenciária de Presidente Prudente, que completou 16 anos de existência no mês passado e é considerada de segurança máxima. De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária, o presídio tem capacidade para 540 presos, mas abriga atualmente 708.

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