Rebeldes afegãos enforcam mãe e filho por espionagem

Rebeldes afegãos supostamente ligados à milícia fundamentalista islâmica Taleban enforcaram uma mulher de 70 anos e seu filho de 30 depois de acusá-los de espionagem em favor do governo, informaram autoridades locais hoje. O enforcamento ocorreu na segunda-feira na aldeia de Daigh, oito quilômetros ao norte de Musa Qala, na província de Helmand, disse Mohammad Akhunzada, vice-governador local.

Akhunzada não identificou a idosa nem o filho dela, mas comentou que o genro da mulher trabalhava para a polícia. Depois do enforcamento da dupla, os militantes ameaçaram matar qualquer pessoa a serviço do governo, disse ele. Não havia mais detalhes disponíveis. "Esse enforcamento é uma atitude totalmente antiislâmica", denunciou Akhunzada. "Eles usam o nome do Islã para agir contra o Islã", prosseguiu.

Enquanto isso, soldados americanos apoiados por aviões de combate repeliram o que qualificaram como uma ação insurgente coordenada contra uma nova base militar dos Estados Unidos no Afeganistão hoje. Dezoito supostos rebeldes que resistiam ao avanço das tropas americanas morreram nos choques registrados no montanhoso leste do Afeganistão

De acordo com o comando militar americano, os rebeldes pretendiam atacar em três frentes a base americana de Kamdesh, na província oriental de Nuristão, uma das mais remotas e perigosas do Afeganistão. Centenas de soldados encontravam-se na base e repeliram o ataque com a ajuda da força aérea.

Ainda hoje, a revista americana Fortune publicou uma entrevista recente com o presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, cuja popularidade foi duramente abalada pela lentidão da reconstrução e do recrudescimento da violência quase cinco anos depois da queda do regime fundamentalista liderado pelo Taleban.

Durante a entrevista, Karzai comentou que não concorrerá à reeleição no pleito previsto para 2009 "para dar oportunidade para que outros governem".

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