Brasília – A definição sobre o aumento salarial dos policiais civis, militares e bombeiros do Distrito Federal depende da negociação salarial com os policiais federais, informou o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. O assunto foi discutido nesta sexta-feira (20) entre o governador e os ministros do Ministros do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, e da Casa Civil, Dilma Rousseff, em reunião no Palácio do Planalto.
?Nós estamos atrelados a uma negociação do governo federal com a Polícia Federal, só depois disso vamos tratar do nosso caso?, disse Arruda, após o encontro. Pela Constituição Federal, é competência da União organizar e manter a Polícia Civil, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal.
Segundo o governador, o reajuste salarial para essas categorias deverá ser definido por Medida Provisória, a ser assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele não mencionou o percentual de reajuste defendido pelo governo do Distrito Federal.
Arruda disse que a reunião desta sexta-feira foi a primeira de uma série de encontros com o governo federal para discutir a situação salarial dos segmentos da segurança pública do DF. ?Essas coisas se dão com vagar. No ano passado, por exemplo, nós só tivemos uma solução definitiva no mês de outubro, então nós temos que conduzir com calma, tranqüilidade e equilíbrio, colocando o interesse público acima dos interesses, ainda que legítimos, dos grupos organizados?.
A Associação dos Policiais e Bombeiros Militares (Aspol) e o Sindicato dos Policias Civis (Sinpol) do Distrito Federal defendem que o percentual de reajuste seja de pelo menos 14,14%, a mesma variação que o Fundo Constitucional do DF teve entre 2006 e 2007. É desse fundo que vêm os recursos para o pagamento dos salários dos segmentos de segurança pública do Distrito Federal.