O aumento de 90,7% nos subsídios dos parlamentares brasileiros repercutiu negativamente no exterior e reforçou o ceticismo com o esforço de um maior controle das contas públicas do País. "O aumento será o último ato significativo de uma Legislatura que tem sido manchada por uma série de escândalos de corrupção envolvendo ministros graduados e assessores próximos ao Presidente", disse o jornal Financial Times. "Um em cada cinco membros do Congresso está sob investigação pela Polícia Federal ou sendo processado pelo Superior Tribunal Federal".
O diário britânico observa que "a maioria dos economistas afirma que um pré-requsiito para o crescimento econômico será cortar o gasto corrente – nas aposentadorias, salários e outros custos do governo – para liberar capital para investimento em infra-estrutura e outros motores do crescimento".
O economista Paulo Leme, do banco Goldman Sachs, em nota para clientes, afirma que com o aumento do subsídio para R$ 24.500,00 mensais, o ganho anual de um congressista brasileiro, será de US$ 151.666,00 (incluindo o 13o). Mas ele observa – citando reportagem de O Estado de S.Paulo – que os parlamentares recebem também outras verbas de auxílio, elevando seus ganhos anuais para US$ 307.250,00. O jornal mais importante da Espanha, o El Pais, disse que com o aumento, os parlamentares brasileiros firmam sua posição "como os mais bem pagos do mundo".
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