As pressões já conhecidas para o IPCA de janeiro incluem a autorização da Justiça para reajustes, a partir de dezembro, nos planos de saúde com contratos anteriores a 1999. A gerente do Sistema de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eulina Nunes dos Santos, disse que esse "passivo" no reajuste dos planos será integralmente captado no IPCA de janeiro. Mas adiantou que "não será muito mais do que a variação de 1%" que vem sendo registrada nos planos de saúde nas taxas dos últimos meses.
Além desse item, haverá também impacto dos reajustes dos ônibus urbanos em Belo Horizonte (12,5% em 31 de dezembro) e em Brasília (21,05% no dia primeiro de janeiro) e na taxa de água e esgoto de Fortaleza (9% em 29 de dezembro). A pressão do álcool, que já apareceu no IPCA de dezembro, vai prosseguir em janeiro, mesmo após o acordo do governo com os produtores, já que a coleta dos preços para o mês já estava em curso. Eulina explicou que os reajustes nas mensalidades escolares estarão fora do índice de janeiro e serão absorvidos em fevereiro e março.
No caso das taxas de IPVA e IPTU, como os pagamentos são escalonados ou parcelados, o impacto no IPCA ocorre ao longo de todo o ano.