Brasília, 30 (AE) – A possibilidade da Rússia ratificar o Protocolo de Kyoto pode dar fôlego à meta brasileira de se tornar um grande fornecedor mundial de biocombustíveis. “A iniciativa da Rússia clareia um horizonte que consideramos muito promissor”, afirmou o diretor do Departamento de Açúcar e Álcool do Ministério da Agricultura, Ângelo Bressan.
Ele comentava notícia divulgada pela agência de notícias Interfax de que o governo russo deve aprovar hoje o rascunho do pacto de ratificação do protocolo, que prevê medidas para redução do aquecimento global. Mistura de álcool na gasolina e a adoção de biocombustíveis são possibilidades para reduzir o aquecimento, frentes nas quais o Brasil pode atuar.
A adesão por parte da Rússia é considerada essencial para que as regras da emissão de gases poluentes na atmosfera entrem em vigor a partir de 2008. “Precisamos estar prontos para atender à demanda por biocombustíveis”, disse Bressan.
Recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tratou do assunto dos biocombustíveis e lembrou que não existe no mundo um país mais preparado do que o Brasil para atender à demanda pelo etanol que deverá ser criada, caso implementado o Protocolo de Kyoto.
O governo russo aprovou nesta quinta-feira (30) a adesão do país ao Protocolo de Kyoto, dando o primeiro passo concreto para fazer vigorar o tratado internacional pela redução de gases poluentes causadores do aquecimento global. A decisão, entretanto, ainda tem de ser aprovada pelo Parlamento russo, onde deve encontrar alguma resistência.
Ratificação do Protocolo de Kyoto pela Rússia deve favorecer Brasil
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