O presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), disse há pouco que o próximo convite para depor no órgão deverá ser feito à deputada licenciada Raquel Teixeira (PSDB-GO), secretária de Ciência e Tecnologia do governo de Goiás."Ela é uma prova testemunhal", afirmou Izar. Ela é uma fonte primária. Vamos chamá-la. Ela precisa ser ouvida".
Izar disse, ainda, que o próprio presidente do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ), poderá usar a deputada como testemunha das declarações que ele fez sobre o chamado "mensalão" (pagamento de mesadas a deputados para apoiarem matérias de interesse do governo no Congresso).
O presidente do Conselho disse, também, que o deputado Miro Teixeira (PT-RJ) é outro a ser chamado a depor, em breve. Ele informou que tentará marcar depoimentos já para esta quinta-feira e que pretende dar um ritmo muito rápido aos trabalhos da comissão para concluir os trabalhos dentro de 40 a 60 dias.
"Quero ouvir até quatro testemunhas no mesmo dia", disse Izar, demonstrando a intenção de dar rapidez aos trabalhos do Conselho. O relator do pedido de cassação de Jefferson, formulado pelo PL, deputado Jairo Carneiro (PFL-BA), disse que vai exercer função de magistrado. "Jefferson deve provar ou indicar os caminhos para encontrar as provas", afirmou. "Elas podem ser testemunhais, documentais ou outras fontes de provas". Carneiro concordou, também, com Ricardo Izar no sentido da necessidade de o Conselho ouvir a deputada Raquel Teixeira.
