Mais uma vez, o ex-integrante do Grupo Polegar, Rafael Ilha, se vê envolvido em ocorrência policial. Além de testemunhar, na tarde de ontem, o assassinato de um funcionário da Clínica Ressurreição, para recuperação de dependentes químicos, ele foi apanhado pela polícia com uma pistola Taurus de calibre 380, com numeração raspada. Foi preso no início da noite e autuado em flagrante por porte ilegal de arma, na delegacia de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. Como o crime é inafiançável ele só será libertado se algum juiz assinar o relaxamento de flagrante.
Segundo o cantor, ele estava na clínica, da qual é sócio quando ouviu estampidos e, ao verificar o que havia ocorrido, encontrou morto o funcionário José Carlos dos Santos, de 45 anos que ele chamava de "Zecão". Segundo testemunhas, os autores do homicídio seriam dois homens encapuzados.
O cantor retirou-se do local e, ao retornar, foi indagado pelos policiais, que atenderam à ocorrência, se possuia alguma arma. Apresentou então a Taurus 380 que estava no porta-luvas de seu Honda Civic. Além da numeração raspada, arma estaria registrada em nome de outra pessoa.
Em vão Rafael argumentou a falta de segurança, principalmente na periferia e municípios vizinhos à Capital. Falou também em ameaças que teria sofrido, mas não diz quem foi. Quanto à arma, alegou desconhecer que a numeração estivesse raspada, afirmando que estava providenciando sua regularização. Nega tê-la comprado, mas admite que recebeu "de uma pessoa que precisava de dinheiro, em troca de um certa quantia". Ele não é suspeito da morte de seu funcionário. Mas, por causa da arma, foi removido ao CDP (Centro de Detenção Provisória).
A derrocada na vida de Rafael Ilha, cujo grupo musical era contratado por uma produtora do apresentador de TV Gugu Liberato, está relacionada com seu problema de dependência química. Ex-namorado da atriz Cristiana Oliveira, Rafael foi afastado pelos demais integrantes do Grupo Polegar por causa de dependência química.
Em 1998, ele foi preso ao tentar roubar um vale-transporte e um real de uma jovem para comprar drogas. Dois anos depois, foi novamente detido portando entorpecentes. Nos últimos anos, porém, após a conversão a uma religião evangélica, criou com outros sócios uma clínica para recuperação de dependentes.