O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, defendeu há pouco que o Congresso estude a possibilidade de a Receita transferir o sigilo fiscal de servidores com irregularidade tributária para os órgãos em que trabalha. Hoje, a Receita, quando identifica uma irregularidade fiscal de um funcionário público, pode apenas puni-lo, mas não pode comunicar o órgão em que trabalha das irregularidades, ainda que eventualmente este servidor seja objeto de processo administrativo em sua área de trabalho.

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Segundo Rachid, esta transferência de sigilo não implica abertura dos dados do contribuinte, pois o órgão que o receber fica obrigado a proteger as informações. O secretário também informou que em 2005 a Receita identificou irregularidades relacionadas a em 1.690 servidores, o que gerou um crédito tributário de R$ 160 milhões. Ele participa de audiência na subcomissão de normas de combate à corrupção da CPI dos Correios.

Ele informou ainda que a Receita faz intenso trabalho de combate à corrupção dentro do próprio órgão. Segundo ele, existem hoje 130 servidores dedicados exclusivamente a isso. Rachid informou que no período de 1999 a 2005 as investigações da Receita atingiram 362 pessoas do órgão, resultando em 156 demissões.

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