Quilmes promete pedir indenização

O vice-presidente do Quilmes, Julio Garcia, disse nesta sexta-feira em São
Paulo, que vai mover uma ação judicial pedindo reparação de danos em
conseqüência da prisão do zagueiro Leandro Desábato. O dirigente considera que a
prisão foi injustificada e que o jogador e a delegação argentina foram
maltratados no Brasil. O dirigente contou que Desábato está deprimido, assim
como toda a família do jogador. Ele revelou que a mulher de Desábato está
grávida de 7 meses e está "vivendo momentos de angústia e aflição" na Argentina.

"Quando chegarmos em nosso país vamos tomar providências. Nós tivemos
todo tipo de problema por aqui e com certeza vamos buscar uma reparação pelos
prejuízos morais e financeiros que tivemos", afirmou o dirigente. A forma como
isso vai ser feito ele próprio ainda não sabe. "Só sabemos que vamos buscar
algum tipo de reparação pelo mal irreparável de que fomos vítimas", acrescentou.
"Acreditamos que a prisão de Desábato foi uma grande injustiça e vamos buscar
algum tipo de reparação", repetiu.

Julio Garcia esteve no início da tarde
no 13º DP, onde o jogador está preso desde a noite de ontem. Disse que foi levar
roupas limpas e alimentos ao jogador e conferir as condições em que ele se
encontrava. E disse não ter gostado do que viu. "Ele está abatido como estaria
qualquer pessoa honrada que é encarcerada sem ter cometido nenhum crime.
Trata-se de um prejuízo irreparável para todos nós", disse.

Julio Garcia
criticou ainda apostura da diretoria do São Paulo neste episódio. "Estamos muito
tristes com os dirigentes do São Paulo, que em nenhum momento nos procuraram
para conversar ou oferecer algum tipo de auxílio", disse.

Desábato foi
preso na noite de quarta-feira, assim que terminou a partida entre Quilmes e São
Paulo, pela Copa Libertadores da América, acusado de ter feito comentários de
cunho racista contra o atacante brasileiro Grafite.

Grafite disse que
aceita um eventual pedido de desculpas, mas garantiu que não pretende retirar a
queixa contra Desábato.

A delegação do Quilmes permanece em São Paulo
esperando a liberação do zagueiro. Por conta disso, existe até a possibilidade
de a partida contra o River Plate, marcada para domingo, pelo Torneio Clausura,
ser cancelada.

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