Brasília (AE) – Uma questão regimental poderá adiar mais uma vez a votação no plenário do pedido de cassação do deputado José Dirceu (PT-SP). Não houve sessão hoje na Câmara e nem na sexta-feira (25), que serviriam para contar prazo. A contagem de tempo foi necessária porque a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) decidiu, na semana passada, que o processo só poderia entrar na pauta depois de analisado o recurso de Dirceu na comissão, obrigando, novamente, o cumprimento de procedimentos regimentais, como a leitura do processo pelo presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), e duas sessões para a publicação. Na quarta-feira (23), Rebelo leu novamente, no plenário o pedido de cassação dele e enviou o processo à gráfica. Mas a impressão teve um atraso e, com isso, o prazo das duas sessões não pode ser contado para o cumprimento da regra regimental. O presidente da Câmara analisa agora a hipótese de realizar uma sessão extraordinária na quarta-feira (30), no fim da tarde, para incluir o julgamento da ação disciplinar de Dirceu, ou adiar a votação à próxima semana. Além dessas duas hipóteses, a conjeturas, poderá pedir na sessão do plenário de amanhã (29) a dispensa desse prazo e a permanência da data de quarta-feira para a votação do processo. O líder do PFL na Câmara, Rodrigo Maia (RJ), reuniu-se com Rebelo e pediu que ele convoque uma sessão extraordinária para as 16h30 de quarta-feira com o objetivo de votar. "Dirceu já teve tempo suficiente para apresentar sua defesa no conselho. Cabe agora ao plenário decidir", afirmou.
