Questão enervante

Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Evo Morales já marcaram a data (12 de dezembro), para reiniciar a discussão em torno do rumoroso problema dos investimentos da Petrobras na extração do gás boliviano. A situação está cada dia mais enervante para o governo brasileiro, ao que tudo indica incapacitado de honrar o compromisso de entrega do insumo para os consumidores finais.

Antes da conversa em La Paz, Lula e Evo terão a oportunidade de adiantar de modo informal itens relevantes da pauta a ser estabelecida de comum acordo pelo pessoal da diplomacia, durante a Cúpula Ibero-Americana reunida no Chile neste final de semana. O presidente brasileiro quer levar consigo uma delegação de empresários interessados na realização de investimentos em projetos de industrialização em território boliviano.

Por sua vez, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, teve ontem na capital boliviana um encontro com Carlos Villegas, ministro de Hidrocarbonetos do governo boliviano, do qual se esperava o anúncio do retorno dos investimentos da estatal brasileira no país.

Como se sabe, a atuação da Petrobras na Bolívia foi interrompida pelo decreto de nacionalização das reservas de gás natural, assinado por Morales em maio do ano passado. Contudo, o presidente Lula confia na retomada do bom entendimento com o colega boliviano, mesmo reconhecendo a necessidade de partir de um novo patamar.

O dilema do governo brasileiro é equacionar o abastecimento de gás natural para as termelétricas, que precisam produzir eletricidade a fim de suplementar a oferta das hidrelétricas e evitar o risco de novo apagão, sem causar prejuízos às indústrias e proprietários de automóveis também movidos pelo combustível.

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