A questão é energética é crucial para a Vale do Rio Doce, disse nesta terça o presidente da empresa, Roger Agnelli. Segundo ele, a partir de 2012 ou 2013, a "Vale não poderá implementar projetos porque não temos disponibilidade de energia no Brasil. Insumo que, aliás, não é barato". Para o executivo, apesar de a questão energética ser "um problema no mundo todo", o País "precisa aumentar a geração de energia e discutir qual será a equação energética do Brasil daqui a 20 ou 30 anos".

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Agnelli criticou a complexidade do sistema de licenciamento ambiental. Ele disse ser necessário respeitar o meio ambiente, mas acrescentou que a atribuição de cada ente federativo deve ser regulamentada. "Empresário só chora? Não é verdade. Nem o presidente consegue fazer suas obras", disse referindo-se às hidrelétricas do Rio Madeira. O presidente da Vale ressaltou que embora a concessão de licenciamentos seja difícil, o governo não consegue evitar o desmatamento e as queimadas na Amazônia. "As regras devem ser claras e sempre cumpridas. O licenciamento ambiental hoje é complexo."

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