O volume de multas eleitorais pagas entre janeiro e maio deste ano no Brasil equivale a R$ 12,35 milhões, pouco menos do que o valor levantado ao longo de 2005. O número de infrações quitadas após a inscrição na dívida ativa também aumentou. Foi de 2.052 em 2003 para 4.244 em 2004 e 6.992 no ano passado
Dono de uma fortuna de R$ 38,9 milhões, o ex-prefeito Paulo Maluf (PP) fechou um acordo na Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – responsável pela cobrança da dívida ativa – para parcelar multas atrasadas que somam R$ 329.871,00. A maioria das infrações foi cometida em 2002 e 2004. Candidato a deputado federal, Maluf pagará 60 prestações mensais de R$ 5,4 mil, informou seu advogado Eduardo Nobre
Antes de entrarem na lista da dívida ativa, dois candidatos ao governo de São Paulo, José Serra (PSDB) e Orestes Quércia (PMDB) e o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B), pagaram multas este ano
Serra foi condenado por conta da divulgação de uma pesquisa de intenção de voto sem o registro antecipado na Justiça Eleitoral, em 2002. Desembolsou R$ 57 mil há algumas semanas. "A multa só não foi paga há mais tempo porque não havíamos sido notificados" afirmou Ricardo Penteado, advogado do PSDB. Já o presidente da Câmara sofreu penalidade por ter sido beneficiado com a pichação não autorizada de um muro. Precisou pagar R$ 9 mil
Quércia tinha uma multa remanescente da última eleição para o Senado, em 2002, por propaganda irregular em postes públicos. Quitou R$ 10.641. "O ex-governador nunca foi inscrito na dívida ativa, sempre paga seus débitos após o trâmite dos recursos", disse o advogado do peemedebista, Ricardo Porto