Em visita a Araçatuba, o candidato ao governo de São Paulo pelo PMDB, Orestes Quércia, fez duras críticas ao atual governador Cláudio Lembo (PFL), dizendo que o governo dividiu responsabilidades com o crime organizado – "uma forma não muito competente de agir". Ele explicou que houve uma inversão de autoridade: o crime organizado ocupou o lugar do governo, o que propiciou a onda de ataques em todo o Estado.

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Quércia falou também sobre a verba de R$ 100 milhões liberada pelo governo federal para segurança. Na visão do candidato, essa ação não passa de marketing político a favor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ainda sobre segurança, Quércia foi firme ao dizer que o Estado negociou com o Primeiro Comando da Capital (PCC), referindo-se aos ataques ocorridos em maio, encerrados após um encontro entre o líder da facção criminosa Marcos Camacho, o Marcola, e o ex-secretário da Administração Penitenciaria Nagashi Furukawa. "Não tenho dúvidas que houve essa negociação, está mais do que claro", declarou.

Quércia falou ainda sobre futuras alianças que o PMDB possa vir a fazer. Por enquanto, ele não apóia nenhum candidato à presidência. Para ele, "assim fica mais fácil cobrar do presidente eleito melhorias para o Estado". O PMDB, de acordo com Quércia, está dividido, já que o partido não lançou candidato à presidência. "Faltou empenho de algumas lideranças do Congresso em lançar um candidato próprio à presidência, mas eu farei o PMDB crescer novamente", diz. Quércia está muito confiante em chegar ao segundo turno com o candidato tucano José Serra.

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