O ex-governador de São Paulo e presidente do PMDB no Estado, Orestes Quércia, disse hoje, após encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, que o que pode unir seu partido, hoje, é o esforço para apoiar o governo no Congresso. "Eu nunca pus objeção ao apoio do PMDB ao governo", afirmou Quércia. "Mas acredito que é preciso haver mais ousadia na economia. Não podemos seguir só receita do FMI". Quércia disse que o PMDB quer ajudar com essa "crítica positiva", mas reafirmou a posição do partido de ter candidato próprio à presidência da República em 2006. "Eu, pessoalmente, acho que o PMDB tem que disputar as eleições de 2006 com candidato próprio a presidente e a governador de São Paulo, até para se fortalecer", afirmou.
Esta posição contrasta com a de Lula, que insiste em reforçar a participação do PMDB no governo, na tentativa de conquistar seu apoio para sua reeleição. O próprio Quércia acabou dizendo que "essa questão de candidatura a presidente está muito longo dos dias de hoje".
Em entrevista à saída do Planalto, Quércia disse que o presidente o convidou para uma nova reunião, da qual deverão também participar outros dirigentes do PMDB e do PT, para debater projetos de interesse do País.