Queimando etapas

Aproveitando-se do excelente desempenho da economia mundial e da boa oferta de produtos procurados pelo mercado, o Brasil ocupa a 23.ª posição no ranking dos maiores exportadores do planeta. A informação é da Organização Mundial do Comércio (OMC).

O Brasil galgou duas posições, superando Tailândia e Irlanda, apurando em 2005 o total de US$ 118,3 bilhões de vendas ao exterior, com um crescimento de 22,6% em relação ao período anterior. A média mundial de crescimento de exportações, no ano passado, ficou em 13,6%.

Mesmo com a valorização do real, que muitos analistas e empresários do comércio exterior acham fora da realidade, e a perda de competitividade das exportações, o Brasil vendeu ao mercado externo no primeiro trimestre deste ano US$ 29,4 bilhões, 20,2% a mais que no mesmo período em 2005.

O setor comemora crescimento dinâmico maior que a média mundial, o que leva a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), por intermédio de seu vice-presidente, José Augusto de Castro, a prever que haverá uma escalada ascendente do setor ao longo do ano.

As exportações feitas pelo Brasil, no entanto, ainda estão distantes do patamar desejável em relação ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), conjunto de riquezas produzidas no País, cuja expansão no ano passado colocou o Brasil em 10.º lugar no mundo.

Os especialistas do setor afirmam que há muito espaço para crescer, vez que os países com maior PIB são os que mais exportam, como os Estados Unidos, o maior PIB mundial e o segundo maior exportador. O maior exportador continua sendo a Alemanha, que possui o terceiro maior PIB do rol dos dez mais expressivos da economia mundial.

O economista Marcelo Nonemberg, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), calculou a representação das exportações brasileiras em relação ao total mundial. Mesmo com a elevação verificada em 2005, não se conseguiu ultrapassar a posição alcançada em 1988, há 17 anos, quando o País figurou com 1,23% do total mundial das vendas externas.

No ano passado, o percentual ficou em 1,17%, o que está motivando as autoridades do setor e a iniciativa privada a redobrar esforços no sentido de aumentar a participação.

O Brasil exporta basicamente produtos manufaturados e semimanufaturados, minério de ferro e produtos agropecuários e agroindustriais, tendo sofrido no ano passado sérias restrições nas vendas de carnes bovina, suína e avícola.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo