Quebrado sigilo bancário de PMs que libertaram reféns em assalto

O juiz José Álvaro Machado Marques, da 4.ª Auditoria Militar, determinou a quebra do sigilo bancário de sete policiais militares, que participaram de uma ação de libertação de reféns durante assalto à agência do Banespa, na Avenida Rio das Pedras, no Jardim Aricanduva, zona leste de São Paulo, em 22 de março. Parte do dinheiro que estava sendo pego pelos ladrões sumiu.

O pedido de quebra do sigilo bancário foi feito pelo promotor da Justiça Militar Silvio Hiroshi Oyama. O requerimento baseou-se nos depoimentos que apontaram quais policiais tiveram contato com o dinheiro que estava sendo roubado. O banco informou às autoridades o desaparecimento de R$ 43.848,00 dos R$ 54.040,00 pegos pelos criminosos. Apenas R$ 10.192,00 apareceram.

A agência foi invadida por policiais do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) enquanto funcionários eram mantidos reféns por três ladrões. O dinheiro havia sido colocado numa mala e num saco de lixo. Policiais do 19.º Batalhão também participaram da ocorrência. De acordo com o promotor, o inquérito policial militar já provou que dois tenentes, um sargento e quatro soldados tiveram contato com a mala, onde estariam cerca de R$ 16 mil. Na Delegacia de Roubo a Bancos do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) foram entregues apenas R$ 10 mil.

Onde foi parar o saco com o restante do dinheiro ainda é um mistério. Por isso, o promotor decidiu enviar o caso para análise da Central de Inquéritos Policiais do Ministério Público Estadual (MPE) para investigação de suposto envolvimento de funcionários com o sumiço do dinheiro. A quebra do sigilo bancário dos policiais vai atingir os 30 dias seguintes ao roubo da agência.

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