Os presidentes da República dos tempos dos outros quatro títulos mundiais do Brasil também fizeram festa para receber os campeões. Juscelino Kubitschek mostrou euforia ao abraçar os jogadores no Palácio do Catete, no Rio, em 1958, quando Brasília ainda estava em obras. Pelé, garoto de 17 anos, estava sorridente, mas tímido. O chefe da delegação, Paulo Machado de Carvalho, e o presidente da Confederação Brasileira de Desportos, João Havelange, entregaram a Juscelino a Taça Jules Rimet. A chegada de Estocolmo, num DC7-C da Panair, foi no Galeão. Houve desfile em caminhão de bombeiro. Os jogadores continuaram até São Paulo e tiveram festa no Estádio do Pacaembu, à noite.
Quatro anos depois, outro presidente, João Goulart, recebeu a delegação bicampeã no Aeroporto de Brasília. Ele subiu até o avião, que chegando de Santiago, fez uma escala no Distrito Federal, a caminho do Rio. Os capitães Bellini e Mauro foram homenageados. No Palácio Guanabara, Mané Garrincha ganhou de presente do governador Carlos Lacerda um passarinho mainá, que, ao cantar, parecia gritar ?Mané?.
Em 1970, época de ditadura, o presidente Emílio Médici não abriu mão da chance de ter popularidade com ajuda do futebol. Médici, que ouvia a narração de jogos do Grêmio em radinho de pilha, acompanhou a Copa pela TV e pediu a Havelange a presença dos campeões em Brasília. Pelé, o craque do Mundial, abraçou o presidente.
Em 1994, Itamar Franco foi o anfitrião da festa presidencial para os heróis do Brasil tetracampeão, numa Brasília tomada pela multidão. Romário era a figura central.