Quatro ficam feridos em pouso forçado de avião da TAM

O avião Fokker 100 da TAM, prefixo PT-MQH, com cinco tripulantes e 24 passageiros, fez um pouso de emergência por volta de 11 horas de hoje, em uma fazenda no município de Birigüi, a 535 quilômetros de São Paulo. A aeronave havia decolado do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, e seguia para Campo Grande (MS), Cuiabá (MT) e Brasília.

O Fokker desceu em um pasto a cerca de 500 metros da rodovia Roberto Rollemberg (SP-461). Quatro passageiros tiveram ferimentos leves e foram levados para a Santa Casa de Birigüi. Outros, com crise nervosa, também precisaram de atendimento.

Pane – Passageiros disseram que o combustível teria acabado, o que fez o piloto decidir pelo pouso de emergência. O aeroporto mais próximo, de Araçatuba, fica a cerca de 25 quilômetros do local. A aeronave atropelou e matou uma vaca, se arrastando por cerca de 300 metros. Não houve nenhuma explosão ou princípio de incêndio, o que reforça a suspeita de falta de combustível. 

Com o impacto no solo, o avião teve o trem de pouso arrancado. Também houve danos nas turbinas e na parte traseira da fuselagem. Em poucos minutos, dezenas de viaturas policiais, ambulâncias, caminhões de bombeiros e carros de curiosos chegaram ao local.

Os passageiros receberam os primeiros socorros ainda no local do pouso. José Jorge Rezende, de 47 anos, de Nova Olímpia (MT), Mário Valente, de 61 anos, de São Paulo, Susan Lannes Andrade, de 48 anos, e Maria de Fátima Cardoso, 49 anos, ambas de Cuiabá (MT), foram levados para o pronto-socorro da Santa Casa de Birigüi com escoriações e dores musculares. Os feridos já foram liberados.  

Um funcionário da TAM informou que a empresa precisou contratar dois médicos e um psicólogo para atender os passageiros. A TAM também fretou um ônibus para levar o grupo a São José do Rio Preto, a 180 quilômetros de Araçatuba, onde eles embarcariam em outro avião.

Voando baixo – Duas testemunhas disseram que viram o Fokker 100 voando bem baixo. ?Ele vinha da direção de Araçatuba e fez uma manobra como se quisesse voltar?, contou Luiz Henrique Folhas de Souza, que mora em um sítio perto do local do pouso.

José Sérgio Sanches Ribeiro, que trabalha no gasoduto Brasil-Bolívia, disse ter pressentido que o avião cairia. ?Ele passou muito baixo sobre mim e meus colegas de trabalho?, relatou. ?Vi fumaça saindo da turbina esquerda e ouvi quando os motores pararam de funcionar?, acrescentou. Segundo ele, o avião passou muito próximo da faixa do gasoduto. Ribeiro acredita que, se pouso de emergência tivesse sido sobre o gasoduto, poderia ter acontecido uma tragédia. 

O local do acidente foi isolado para que técnicos da Aeronáutica possam fazer a perícia no avião. Não há previsão de quando o avião será removido.

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