Quatro grandes bolsas de valores da América Latina – Brasil, Chile, México e Peru – fecharam a sexta-feira em recordes de alta, estimuladas pelo rali das ações nos EUA, seu principal parceiro comercial, e por seus próprios cenários macroeconômicos e tendências favoráveis de lucro das empresas.
Desde o início de 2007, os mercados acionários latino-americanos superam o desempenho dos mercados emergentes e dos desenvolvidos de acordo com o MSCI Barra, cujo índice para a América Latina acumula alta de 14% no ano. O índice ganhou 1,9% só na quinta-feira.
As ações latino-americanas seguiram a orientação dos mercados nos EUA, que subiram em meio às especulações de fusões corporativas e ao relatório de emprego mais fraco do que o esperado nos EUA. O índice Dow Jones subiu 0,2% para 13.264 pontos, terminando com ganho em 23 dos últimos 26 pregões.
O índice IPC da Bolsa do México subiu 0,9% para 30.013,85 pontos com volume expressivo. É a primeira vez que o indicador fecha acima de 30 mil pontos. O recorde anterior, de 29.832 pontos, foi atingido em 20 de abril. A máxima do dia do IPC, em 30.054 pontos, no entanto, ficou abaixo dos 30.058 pontos atingidos em 16 de abril.
No Brasil, o Ibovespa fechou em recorde pelo segundo pregão seguido, em alta de 0,76%, para 50.597 pontos, e também grande volume de negócios.
A Bolsa peruana igualmente bateu seu segundo recorde seguido. O índice geral da Bolsa de Lima subiu 2,53% para 21.476 pontos. Nesta sexta-feira (4) os líderes sindicais peruanos decidiram encerrar uma greve nacional no setor de mineração iniciada na segunda-feira, um evento que tende a ser positivo na próxima semana para as companhias mineradoras, que respondem por cerca de 70% do mercado acionário peruano.
No Chile, as ações atingiram o quinto recorde conseguido de alta. O índice Ipsa das 40 blue chips (ações de primeira linha) subiu 0,7% para 3.215,24 pontos. A máxima do dia também atingiu a marca histórica de 3.215,99 pontos. As informações são da agência Dow Jones.