Quase metade dos americanos culpa Bush por 11/9

Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (11), no aniversário de cinco anos dos atentados de 11 de Setembro, que mataram cerca de 3 mil pessoas, indica que, para 45% dos americanos, o governo do atual presidente George W. Bush tem culpa nos atentados. Segundo a sondagem, da Opinion Research Corporation, divulgada pela CNN, o governo Bush teria "muita culpa" ou "bastante culpa" nos ataques.

A porcentagem dos que acreditam que Bush é culpado pelos atentados às Torres Gêmeas subiu 20 pontos porcentuais em quatro anos. O presidente americano faria um discurso televisionado à nação à noite, por ocasião do aniversário do ataque.

Segundo trechos adiantados pela Casa Branca, o presidente Bush diria, que os EUA "não pediram esta guerra, e cada americano deseja que ela termine, e eu também". Para Bush, porém, é preciso continuar a batalha contra o terror no mundo. "Mas a guerra não terminou, e não terminará até que nós ou os extremistas saiam vitoriosos".

Bush começou o dia se reunindo, em Nova York, com membros das forças de segurança e voluntários que ajudaram a socorrer as vítimas do pior ataque terrorista da história dos EUA. Como no primeiro aniversário do atentado, ele visitou as três cidades atingidas pelo atentado. De Nova York, ele seguiu para Shanksville, na Pensilvânia, cidade próxima do lugar em que caiu o vôo 93. Em seguida viajou para Washington, para recordar as vítimas fatais do avião que foi jogado contra o Pentágono. Na Pensilvânia, a queda do avião causou a morte de 44 pessoas.

No marco zero, lugar em que ficavam as Torres Gêmeas, houve silêncio durante dois minutos – às 8h46 e às 9h03. Estes foram os exatos momentos em que os aviões se chocaram contra o World Trade Center. A cerimônia em Nova York começou com a leitura do nome de Gordon Mc Cannel Aamoth, que trabalhava em uma das torres e foi um dos 2.749 mortos no local. Familiares das vítimas depositaram flores no local em que ficavam as duas torres.

Rudolph Giuliani, prefeito de Nova York na época dos atentados, foi à cerimônia. "Voltamos para lembrar o valor daqueles que perdemos, aqueles que inocentemente foram trabalhar naquele dia e as bravas almas que foram atrás deles", disse. Uma outra cerimônia ocorreu em New Jersey, no porto de Bayonne, em frente ao marco zero, em Manhattan. Estavam presentes o ex-presidente Bill Clinton (1993-2001), sua mulher – a senadora Hilary -, o governador de New Jersey, Jon Corzine, e o secretário de Segurança Nacional, Michael Chertoff.

A bolsa de valores de Nova York fez cinco minutos de silêncio para lembrar os ataques. Os atentados paralisaram os negócios de Wall Street entre o dia 11 e 17 de setembro de 2001. Foi o período mais longo que a bolsa ficou fechada desde a crise dos anos 1930. Em vários pontos dos Estados Unidos, outras cerimônias lembraram os atentados.

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