Brasília – Cerca de 68 mil brasileiros aguardam por um órgão na lista de espera do Sistema Nacional de Transplantes (SNT). O dado, do Ministério da Saúde, é o principal argumento utilizado pelas centrais de captação estaduais para convencer as pessoas a fazerem a doação.

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Nesta segunda-feira (25), o ministro interino da Saúde, Jarbas Barbosa, abriu em Brasília a Semana Nacional da Doação de Órgãos. Na solenidade, o Ministério da Saúde entregou o prêmio Destaque na Promoção da Doação de Órgãos e Tecidos no Brasil. A contemplada na categoria pessoa física foi a enfermeira Neide da Silva, chefe da Captação do Hospital Santa Isabel, em Blumenau (SC). A equipe que coordena é responsável pela notificação de 20% das mortes encefálicas no estado.

Na categoria pessoa jurídica, a ganhadora foi a empresa TAM Linhas Aéreas, que desde 2001 já transportou mais de 2 mil órgãos e 132 equipes transplantadoras gratuitamente.

Apesar de ter o maior sistema público de transplantes do mundo, o governo brasileiro espera aumentar o número de doadores para zerar, até o ano que vem, a fila de espera por córneas e reduzir à metade a espera por medula óssea e outros órgãos. Em 2005, o Sistema Único de Saúde (SUS) realizou 11.095 transplantes e gastou R$ 521 milhões com as cirurgias.

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"Mesmo num momento de perda, é importante compreender que esse gesto de doar órgãos pode fazer com que pessoas melhorem a sua qualidade de vida ou ganhem uma chance de sobrevivência. Por isso essa semana que nós inauguramos hoje tem esse sentido, de continuar divulgando a todos os brasileiros que apesar de termos o maior sistema de transplantes público do mundo, ainda precisamos avançar mais", afirmou Jarbas Barbosa.

A doação de órgãos no Brasil é regulamentada por lei desde 1997. Para se tornar um doador, é necessário conversar com a família e deixar claro esse desejo. Não é preciso deixar nada por escrito, apenas os familiares devem se comprometer a autorizar a doação por escrito após a morte.

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Para falar com as centrais estaduais de transplantes, responsáveis pela captação de órgãos, é só ligar para o Disque-Transplante, pelo telefone 0800 611997. "Nós temos ainda uma notificação de situações de possíveis doadores aquém do estimado. Nós poderíamos ter outra realidade na questão da captação de órgãos, se essas possíveis doações fossem notificadas às centrais estaduais de transplantes", alerta o coordenador do Sistema Nacional de Transplantes, Roberto Schlindwein.

A doação de órgãos só é feita após a constatação de morte encefálica e se uma ou mais partes do corpo (órgãos ou tecidos) estiverem em condições de serem aproveitadas para transplantes.