Faltando uma semana para o encerramento do prazo dado aos partidos para a realização das convenções, oficialização dos candidatos e formação das coligações, o quadro da sucessão paranaense parece estar definido, com a necessidade de poucos ajustes. O mais importante de todos é a probabilidade cada vez mais real do desembarque do PSDB (ou parte dele) na chapa liderada pelo governador Roberto Requião, na qual se reserva ao deputado Hermas Brandão, presidente da Assembléia Legislativa, a vaga de vice-governador.

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Assim, ficaria desfeito o sonho da candidatura tucana ao governo mesmo que a idéia prevalecente fosse apoiar o senador pedetista Osmar Dias, em detrimento do senador Alvaro Dias e do deputado federal Gustavo Fruet, também postulantes. O PFL, a outra ponta da equação, bandeou-se para a candidatura do ex-deputado Rubens Bueno (PPS), porque não admite nem para efeito de conjectura buscar refúgio na mesma trincheira freqüentada pelo atual governador. Diga-se de passagem, em igual ou maior intensidade um sentimento também enraizado no coração de tantos outros ranfastídeos paranaenses.

O contencioso entre PMDB e PT, o qual Lula decerto não teve tempo de avaliar na fugaz visita de terça-feira, nutrido pela constante troca de farpas entre o governador e o deputado André Vargas, presidente estadual da legenda, com algumas fagulhas sopradas na direção do candidato Flávio Arns, parece não ter conserto a menos que o imponderável conduza a eleição para o segundo turno.

Isolado no PDT, com espaço diminuto no horário eleitoral e à mercê de alianças informais inexpressivas, Osmar Dias não teria condições de conjugar as forças essenciais para disputar voto a voto com Requião, embora o esforço feito por fiéis partidários para o lançamento de sua candidatura.

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Há alguns meses o deputado Dobrandino Silva, líder do governo na Assembléia Legislativa, afirmou e, na ocasião ninguém o contestou com razões convincentes, que o PSDB estava de malas prontas para integrar a chapa de Requião, dispensando-se por absoluta inépcia os parlapatões petistas. Para iniciar o foguetório falta apenas os noivos assinarem a certidão de casamento…