O chefe de Polícia Civil do Rio, Ricardo Hallack, declarou que integrantes da quadrilha envolvida na morte do desembargador José Maria de Mello Porto, executado na quinta-feira com sete tiros na cabeça, participaram do assassinato de um policial civil, ocorrida também durante uma tentativa de assalto. Segundo ele, ladrões de carro que atuam na Avenida Brasil são "extremamente violentos".
Três dos 8 criminosos foram identificados. Um deles, é menor de idade. "A ação ali (nas pistas laterais da Avenida Brasil) tem que ser rápida, pois há viaturas da PM em pontos próximos. Eles não esperam reação e, quando há, matam a vítima. Não se deve reagir. É muito temerário", alertou ontem, acrescentando que 60% dos roubos a veículos na região ocorre no horário entre 18 horas e meia-noite.
Hallack declarou que a "conclusão óbvia" é que ocorreu um latrocínio. Porém, disse que outras motivações para o crime ainda poderão ser investigadas. Em depoimento, o procurador federal aposentado José Domingos Texeira Neto, que dirigia o carro interceptado pelos assaltantes, disse que Mello Porto saiu do carro armado e apontou uma pistola em direção à quadrilha. Por isso, foi executado.
Todos os tiros que atingiram o desembargador, informou Hallack, teriam sido disparados pelo menor, que ficou ferido durante a reação do desembargador do Tribunal Regional do Trabalho do Rio. Um suspeito foi detido na sexta-feira, com uma pistola com calibre de 9 milímetros. Será realizado um exame de balística para atestar se a arma foi usada no assassinato. "No momento, não temos indício de que ele participou do crime", disse Hallack.
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