Quadrilha acusada de matar policial catarinense é presa perto de Curitiba

Sete pessoas foram presas no começo da tarde desta quinta-feira (27) pela Polícia Militar, em São José dos Pinhais. O grupo é acusado de assalto e de matar um policial de Santa Catarina. Seis delas teriam reagido a uma abordagem policial em São Francisco (SC), na manhã desta quinta-feira (27), e atiraram em três policiais rodoviários do Estado vizinho. Cinco armas, um silenciador e farta munição foram apreendidos com os bandidos.

?Essa é uma quadrilha com integrantes de vários Estados, que provavelmente se reuniam em São José dos Pinhais e partiam para outros Estados para realizar assaltos?, disse o comandante da Companhia de Choque da PM, major Milton Isack Fadel Júnior.

Após terem baleado três policiais e matado um deles em Santa Catarina, os bandidos fugiram em direção a Curitiba, pela BR-376. Durante a viagem, foram seqüestrando pessoas e usando seus veículos para a fuga, até chegarem em São José dos Pinhais, onde se esconderam em um hotel. A Polícia Militar do Paraná, com algumas informações do serviço de inteligência da PM, conseguiu encontrá-los e prendê-los.

Foram detidos Maurício Rodrigues da Silva, 36 anos, natural de São José dos Pinhais, José Aparecido da Silva, 36, de Curitiba, Robson Rodrigues de Jesus, 25, natural de Registro (SP), Rodrigo Martins Santos, 18, de Curitiba, Yure de Oliveira Fernandes, 26, de Minas Gerais, Marcelo Fernandes da Silva, 33, de Itajubá (MG), e Augostinho Ferreira Junior, o ?Gaúcho?, 50, de Rio do Sul (SC). ?Logo depois de nossas prisões, a polícia de Santa Catarina prendeu também, em Florianópolis, mais três pessoas acusadas de integrar o grupo?, contou o major.

No hotel, foram encontradas quatro pistolas calibres 380 e 765, um revólver calibre 38, um silenciador e farta munição para todas estas armas. Os bandidos e as armas apreendidas no Paraná foram encaminhados para a delegacia de São José dos Pinhais. ?A princípio, eles foram presos acusados de homicídio e roubos de veículos, porque tomaram vários em assalto durante a fuga. Porém, temos indícios de que eles estavam em Santa Catarina para levantar informações para um assalto e podem estar envolvidos em outros crimes que serão investigados?, complementou Fadel.

Participaram de toda a operação, a Companhia de Choque da Polícia Militar do Paraná, o 17.º Batalhão de São José dos Pinhais, a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Militar de Santa Catarina.

Perseguição

As perseguições começaram por volta de 5h30 da manhã desta quinta-feira (27), quando o delegado da comarca de São Francisco do Sul (SC) ligou para a Polícia Militar de Garuva (SC), para que abordasse um veículo GM Safira com placa clonada. Os policiais rodoviários de Santa Catarina fizeram a abordagem, mas os ocupantes do veículo reagiram. Um dos policiais foi baleado e morreu no local e outro ficou ferido. Os bandidos conseguiram fugir e a polícia montou mais uma barreira na BR-380, porém, eles passaram atirando e balearam mais um policial na perna.

Os fugitivos entraram em uma residência em São Francisco do Sul, renderam os proprietários e pegaram um veículo Fiat Prêmio. De lá, foram até uma fábrica de gelo da cidade, abandonaram o Fiat e fugiram no caminhão da empresa com mais dois reféns. O veículo foi abandonado em seguida, no município de Garuva, com os reféns. Lá, eles se dividiram e três pegaram um ônibus para Curitiba. Os demais roubaram o Gol preto de um morador e vieram em direção a Curitiba pela BR-376, levando o proprietário do veículo como refém.

?Conseguiram furar dois cercos da Polícia Rodoviária Federal até Curitiba e, chegando a São José dos Pinhais, abandonaram o Gol e o proprietário no bairro Posto Paris. Dali, seguiram a pé até o Hotel Borda do Campo, no bairro de mesmo nome, em São José dos Pinhais?, contou Fadel. Segundo o major, nesse local todos se encontraram, deixaram as armas com o proprietário do hotel, Agostinho Ferreira Junior, e foram descansar nos quartos. ?Já tínhamos informação de que o hotel gerava problemas, e que seu dono tinha antecedentes criminais por formação de quadrilha e receptação?, contou Fadel.

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