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Para o presidente do partido, Melo Viana (esq.), "a defesa ambiental", foi um dos fatores que pesaram a
favor do apoio ao PMDB.

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O governador licenciado do Paraná, Roberto Requião (PMDB), esteve nesta sexta-feira (6) na sede regional do PV para a formalização do apoio à sua candidatura. "Decidimos pelo governador por sua defesa intransigente da coisa pública, pela defesa ambiental em todos os mandatos e pela coerência histórica", justificou o presidente do partido, Melo Viana. Para Requião, "a visão ambientalista e ideológica" do PV soma muito em sua campanha. "Sem essa matizada de verde não se faz governo sério no Brasil", acentuou. E aproveitou para alfinetar o adversário. "De um lado temos a visão progressista, avançada, e, do outro lado, os de sempre: Jaime Lerner, Cássio Taniguchi e Álvaro Dias. É quase uma repetição do que aconteceu na última eleição", afirmou.

O PV já esteve com Requião nas campanhas de 1990, 1998 e 2002, mas não caminha unido. O ex-candidato ao Senado e vereador de Curitiba Paulo Salamuni está na Nicarágua, mas ligou para jornalistas, a fim de dizer que continua na campanha de Osmar Dias (PDT).

Em 2002, Requião disputou contra o senador Álvaro Dias. Ele disse que irá ao debate marcado para segunda-feira na TV Bandeirantes e deu as pistas de como será sua participação. "Sem agressão, sem violência, mas profundo e cortante como lâmina de faca", adiantou.

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Requião afirmou que ainda não há qualquer definição sobre possível apoio do PT do Paraná à sua reeleição. "O PT conversa internamente, mas não tenho nenhum conhecimento", acentuou. Numa primeira conversa entre dirigentes do PT e do PMDB, os petistas colocaram como condição a opção clara do governador pela candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva.

Requião afirmou que não foi procurado nem por Lula nem por Geraldo Alckmin (PSDB). Durante o mandato, ele sempre fez críticas à política neoliberal dos tucanos e ao presidente Lula que, segundo ele, adotou o mesmo estilo na política econômica.

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