O segundo e penúltimo dia de vestibular da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Paraná, ontem, foi considerado bem mais tranqüilo e menos confuso que o primeiro, quando muitos estudantes chegaram atrasados e tiveram dificuldades para encontrar suas salas de prova. De acordo com o coordenador da comissão do vestibular, Elmo Brito, diferentemente do que aconteceu na quarta-feira, ontem os estudantes chegaram mais calmos e, assim que os portões do campus da PUC de Curitiba foram abertos, já se dirigiram a seus respectivos blocos.
“Parece não ter acontecido nada de anormal neste segundo dia”, disse. “Não recebi comunicações de candidatos atrasados e, em geral, todos pareciam menos perdidos.”
No total, quinze candidatos precisaram de atendimento médico por distúrbios gastrintestinais, crise de hipertensão e cefaléia. No primeiro dia de concurso, 24 estudantes foram atendidos. Dos 13.230 candidatos inscritos, 997 (e não 1.110 como foi divulgado ontem) já desistiram do concurso. Estão sendo ofertadas 6.060 vagas para 46 cursos.
A lista dos classificados em primeira chamada deve ser anunciada no dia 6 de janeiro, sendo que as matrículas devem ser realizadas entre os dias 20 e 23 do mesmo mês. O ano letivo deve ter início em 10 de fevereiro, com os estudantes pagando até 9,69% a mais do que o cobrado no ano passado pela mensalidade de alguns cursos.
Fim do vestibular
Para os próximos anos, integrantes da reitoria da PUC começam a pensar em realizar uma revisão em seu processo seletivo. A idéia é eliminar o concurso vestibular para cursos menos concorridos, encontrando outras formas de seleção dos candidatos. “Ainda não há nada definido, mas a tendência é que se caminhe para isso”, comenta a pró-reitora acadêmica Neuza Aparecida Ramos.
Enquanto a revisão não acontece, a PUC começa a planejar o vestibular para seu campus de Toledo, que ainda não foi inaugurado. Na última quarta-feira, o local recebeu aprovação do Conselho Nacional de Educação, mas ainda aguarda uma portaria do Ministério da Educação (MEC) para começar a funcionar. O concurso deve ser realizado em fevereiro, quando serão ofertadas trezentas vagas distribuídas entre os cursos de Administração, Medicina Veterinária, Engenharia de Produção Agroindustrial, Filosofia e Biologia.
Matemática, o maior obstáculo
Cintia Végas
Os candidatos a uma vaga no vestibular da PUC-PR parecem ter enfrentado, ontem de manhã, sua primeira grande dificuldade: a prova de Matemática. Enquanto as questões das provas de Biologia e História ? assim como as de quarta-feira ? foram consideradas de nível fácil a médio, as de Matemática foram avaliadas por grande parte dos estudantes entrevistados por O Estado como trabalhosas e difíceis.
Isabelly Cristine de Brito, de 17 anos, que disputa uma vaga para Direito, disse que a prova de Matemática da PUC só perdeu para a de Matemática da Universidade Federal do Paraná (UFPR). “Foi a prova mais difícil desde o início do vestibular da PUC”, contou. “A de Biologia estava fácil e a de História um pouco confusa, sendo que eu quase sempre ficava em dúvida entre duas alternativas de cada questão, mas acessível.”
Ricardo da Maia Oliveira, 17, que tenta o curso de Farmácia, também definiu Matemática como a prova mais difícil desde o começo do concurso. “Estava trabalhosa e muito extensa”, revelou. “Quanto a História, estava mais fácil que Biologia, mas nenhuma tinha grandes dificuldades.”
A candidata a uma vaga em Administração de Empresas Liliane Sartori Correa, 17, parecia bastante preocupada. Para ela, a prova de Matemática tem um peso maior em relação às outras matérias na média final. “Eu não sabia por onde começar a prova”, conta. “Se o candidato não escolhesse a forma correta de começar a resolução das questões, não havia como deduzir as respostas. Estava muito difícil.”
Hoje, das 8h às 11h30, os candidatos vão enfrentar as provas de Geografia, Física e Química. Todas possuem quinze questões.
