Pela segunda vez, a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) adiou o prazo para que os professores interessados se inscrevam no programa de demissão voluntária da instituição. Iniciadas em dezembro, as inscrições terminariam no último dia 13. Acabaram adiadas primeiro para a segunda-feira passada e agora para esta sexta-feira.
A universidade não explicou o motivo. Acredita-se que o número de professores inscritos não tenha sido o esperado pela instituição, que passa pela pior crise financeira de sua história.
A redução do quadro de docentes foi uma das soluções encontradas para contornar as dificuldades. A folha de pagamento dos quase 2 mil professores absorve 70% do orçamento. A instituição tem uma dívida bancária de cerca de R$ 82 milhões.
A PUC não revela quantos professores já aderiram ao programa de demissão nem qual é sua meta. Até o início de janeiro, só 23 haviam se inscrito. Os professores já dão como certo que haverá demissões na semana que vem, a última antes da volta às aulas.
No fim do ano passado, a reitoria deu início a mudanças para tentar controlar a crise. Houve união de departamentos, extinção de cargos, terceirização de serviços e demissão de funcionários. O salário de dezembro dos professores teve de ser pago em duas parcelas. Ainda não se sabe se ocorrerá o mesmo com o salário de janeiro, que deve ser pago na terça-feira.
As demissões serão debatidas amanhã (1) pelo Conselho Universitário e pela associação de docentes.