Um funcionário de uma empresa ligada à campanha presidencial do senador democrata Barack Obama assumiu ter criado e divulgado um vídeo na internet para manchar a imagem da rival do mesmo partido Hillary Clinton, segundo publicação do jornal Los Angeles Times. Os membros da campanha de Obama negam qualquer envolvimento com o caso. O funcionário Philip de Vellis disse que postou o vídeo no YouTube quando trabalhava em uma empresa que criava propagandas para o candidato na internet.

continua após a publicidade

A empresa Blue State Digital disse que De Vellis foi demitido ontem, mas ele disse que pediu demissão do cargo. O porta-voz de Obama, Bill Burton, disse em e-mail que todos que trabalham na campanha de Obama "sabem que ele não tem nenhum envolvimento com a criação deste anúncio". "Nós pedimos garantia à Blue State Digital que De Vellis não trabalhe mais em nossa conta", acrescentou. A campanha de Obama continuará em parceria com a Blue State Digital, disse Burton. A campanha de Hillary não quis fazer comentários.

Nos últimos dias, mais de um milhão de internautas já viram o vídeo que, de maneira cáustica, faz um remake do "1984" de Ridley Scott. Postado no YouTube, o vídeo mostra uma mulher com um martelo na mão correndo para quebrar a tela onde estaria o "Big Brother" – no lugar, está Hillary Clinton. Ao final, o vídeo remete ao site da campanha do também democrata, senador Barack Obama.

No início desta semana, Obama, rival de Clinton no Partido Democrata, afirmou, durante uma entrevista ao programa de Larry King, na CNN, que sua campanha não tem nada a ver com o vídeo, por mais que tenham tentado vincular o site de seu comitê ao clipe. De acordo com o YouTube, o vídeo foi postado por ParkRidge47.

continua após a publicidade

O ataque à campanha de Hillary foi uma polida e sofisticada tirada, ao empregar a metáfora de que um atleta (Obama) vai resgatar o público desacordado das garras do mal (Clinton). Na semana passada, alguém ‘menos polido’ postou outra versão do "1984", colocando Obama no lugar do Big Brother. De acordo com a classificação do público no YouTube, o vídeo de Hillary foi mais popular e recebeu a categoria "quatro estrelas", enquanto o de Obama não foi tão bem recebido.