Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) lançou nesta sexta-feira (06) a publicação "Idoso em Curitiba – Avaliação das condições de vida", que traça o perfil da população da terceira idade que mora na capital. A pesquisa foi coordenada pela assistente social e gerontóloga do Ippuc Maria de Fátima Paiva.

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O presidente do Instituto, Luís Henrique Cavalcanti Fragomeni, disse que "a pesquisa é importante porque possibilita a adoção de políticas públicas mais eficientes para o idoso. Sabemos onde estão, quantos são e quais as suas maiores necessidades". Curitiba tem 133.619 idosos – 8% da população. A maioria, 56%, se encontra na faixa dos 60 a 69 anos; 59% são mulheres.

Maria de Fátima Paiva informou que o estudo foi realizado em parceria com órgãos públicos, entidades sociais e a sociedade civil organizada. "Tivemos a preocupação de oferecer não só ao poder público, mas também à comunidade, um banco de dados referente às condições de vida do idoso, com o objetivo de subsidiar as políticas públicas voltadas às necessidades da população idosa".

O estudo trata das questões que envolvem as condições de vida do idoso em seu cotidiano, suas necessidades básicas e seu processo de envelhecimento. O presidente do Ippuc, LuisFragomeni disse que a administração pública está trabalhando para melhorar as condições de vida na cidade, citando como exemplo a colocação de rampas, readequação de calçadas para que os cidadãos possam caminhar com mais segurança e conforto. Citou também as atividades de assistência e lazer ofertadas pela FAZ aos idosos.

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Depois da apresentação dos dados da publicação, houve um debate com a participação de Daura Carneiro, Relações Públicas da Revista Viver – Atitude na Maturidade; Urandy Ribeiro do Val, representante do Distrito Sanitário Hauer e Gilson Fernando Gomy de Ribeiro, representante da Associação Nacional de Gerontologia.

Envelhecimento

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Na década de 70, para cada idoso havia sete jovens. Em 2005, três. As modificações na pirâmide etária têm profundas repercussões em termos de investimentos e definição de ações públicas setoriais. A demanda maior do idoso é com relação à previdência social, saúde e assistência social.

Os dados da publicação mostram a evolução e a irreversibilidade demográfica do processo de envelhecimento. Novas necessidades e demandas sociais, econômicas e culturais. Dos idosos entrevistados, 56% estão na faixa de 60 a 69 anos, com predominância de mulheres. 86% residem com a família e 46% possuem quatro ou mais filhos vivos.

De acordo com a pesquisa, 49% recebem até dois salários mínimos, dos quais 27% recebem até um salário mínimo. 62% são responsáveis pelo domicílio e 63% utilizam o Sistema Único de Saúde – SUS. O número de alfabetizados é bastante positivo: 87%.

Do total, 35% não desenvolvem nenhuma ocupação e 39% realizam serviços domésticos. Dos óbitos em Curitiba, 57% são de pessoas idosas. As causas principais são: doenças do aparelho circulatório; neoplasias; doenças do aparelho respiratório; doenças endócrinas e doenças do aparelho digestivo.