O caso da cratera no Metrô da capital paulista começou ontem (17) a ganhar contornos políticos. A oposição à gestão José Serra (PSDB) pretende protocolar pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembléia para investigar o acidente. Presidente da Comissão de Obras e Serviços Públicos, o petista Sebastião Arcanjo quer uma CPI para discutir o modelo de preço fechado adotado pelo Metrô para construir a Linha 4.
A CPI, que será requerida pelo PT na próxima semana, com a retomada dos trabalhos no Legislativo, vai entrar numa fila de mais de 60 pedidos. Mas o partido pode reapresentá-la em 15 de março, quando tomam posse os novos deputados. Na nova legislatura, todas as CPIs anteriores são anuladas e a sobre a cratera pode se tornar a primeira da fila.
O líder da bancada petista, Ênio Tatto, acompanhou Arcanjo na visita ao local do acidente. Ele afirmou que pretende solicitar a paralisação e embargo das obras ao Ministério Público Estadual. Vereadores também foram ao local do acidente. O vice-presidente da Câmara, Adilson Amadeu (PTB), afirmou que pretende solicitar alvarás municipais autorizando demolições de três casas com estruturas abaladas pelo deslizamento de sexta-feira. Ele também que receber o alvará para destruição de rochas com explosões, técnica usada para construção daquele trecho do metrô. O vereador admitiu, porém, que as duas operação podem não ter sido autorizadas pela Prefeitura.