O Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu hoje, na convenção regional para a homologação dos representantes paulistas da legenda nas eleições majoritárias e proporcionais de outubro, deixar em aberto a escolha do companheiro de chapa do candidato a governador, senador Aloizio Mercadante, na expectativa de que a vaga seja preenchida por um político do PMDB. Com o mesmo objetivo, o partido também decidiu não escolher hoje o suplente do candidato do partido ao Senado, Eduardo Suplicy, que disputará a reeleição.

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"O PT estará aberto ao diálogo com o PMDB até o último dia do prazo legal (30 de junho)", disse o presidente nacional do partido, deputado federal Ricardo Berzoini. No entanto, ele ponderou que cabe ao PMDB avaliar se é interessante do ponto de vista político uma aliança com os petistas em São Paulo.

Berzoini minimizou o peso eleitoral do PPS, cujo presidente, deputado Roberto Freire (PE), anunciou ontem o apoio do partido ao candidato do PSDB ao governo do Estado, José Serra, destacando que não estava "com ladrão", uma alusão às denúncias de corrupção que atingem o PT.

"A credibilidade de Roberto Freire é proporcional às intenções de voto que ele tem nas pesquisas", rebateu Berzoini, afirmando que, antes de desistir de uma possível candidatura à Presidência da República, Freire não era bem avaliado nem em seu próprio Estado, Pernambuco, onde tinha menos de 3%, ante 65% do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Quanto à eleição para o governo de São Paulo, onde os levantamentos de intenção de votos indicam a vitória do tucano José Serra no primeiro turno, Berzoini previu que a disputa ainda será muito acirrada, pois o PT pretende trabalhar muito para reverter o favoritismo do adversário. "Não podemos acreditar que a pesquisa é uma vitória antecipada do PSDB. Temos de acreditar e trabalhar", insistiu o dirigente petista.