PT pode expulsar prefeita acusada de seqüestro

O presidente nacional do PT, José Genoino, disse hoje que a prefeita de Uiramutã, Florany Mota (PT), pode ser expulsa do partido caso seja comprovada sua participação no seqüestro de três religiosos na reserva Raposa/Serra do Sol, em Roraima.

Ontem, em nota enviada às direções nacional e estadual do PT, a Diocese de Roraima acusou a prefeita de ter cedido um caminhão da prefeitura para ser utilizado pelos índios que realizaram o seqüestro, ocorrido no último dia 6.

Na madrugada daquele dia, um grupo formado por indígenas e fazendeiros contrários à homologação da área da reserva (que engloba a área do município de Uiramutã) seqüestrou os padres Cézar Avellaneda, Ronildo Pinto França e o missionário Juan Carlos Martinez, membros da congregação da Consolata.

Eles estavam na região do Surumu, próxima ao município, e foram levados para a aldeia Contão, onde permaneceram até serem soltos, na quinta-feira da semana passada.

O presidente do PT disse ontem à Agência Folha que, “se a prefeita fez isso [emprestar um veículo da prefeitura para um grupo de seqüestradores], é inaceitável para o PT. Portanto, se ela fez e tiver como a gente saber, tomaremos as medidas cabíveis”.

Segundo Genoino, caso a denúncia seja confirmada, o PT pode expulsar Florany Mota com base no estatuto do partido.

Questionada sobre a posição do líder nacional do partido, a prefeita de Uiramutã disse que está tranqüila e que não tem nada a ver com essa acusação.

Ela negou que tenha sido utilizado um caminhão da prefeitura durante as manifestações contrárias à demarcação da reserva indígena.

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