O presidente interino do PT e assessor especial da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, negou, após reunião do Conselho Político do PT com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que a reivindicação de cargos no governo pelos petistas tenha sido apresentada durante o encontro. Garcia afirmou que os integrantes do Conselho, na conversa com Lula, insistiram na idéia de promoção de um desenvolvimento econômico mais forte e na necessidade de criação de mais empregos no segundo mandato do presidente.
Sobre eventuais pedidos de mais cargos, Garcia disse que os petistas não falaram com Lula "no varejo, só no atacado", e que transmitiram a ele a preocupação em relação ao futuro governo. "(Dissemos a ele) que não queremos que (o segundo mandato) seja uma continuidade do governo atual, queremos que aprofunde o programa.
Segundo o assessor, o presidente respondeu que a idéia é formar um governo "gradualmente, com base na coalizão", e que ele, Lula "não tem pressa". Garcia acrescentou que, diante disso, o PT também não tem pressa e vai discutir "o varejo" na próxima fase, depois de Lula voltar do período de descanso, na segunda quinzena de janeiro. "O PT não tem pressa. Isso aqui não é um latifúndio no qual estejamos pregando uma reforma agrária. Mais à frente, vamos fulanizar os cargos e vamos discutir no varejo.
Marco Aurélio é o presidente do Conselho Político, formado ainda pela deputada gaúcha Maria Rosário (vice-presidente), pelo deputado eleito Jilmar Tatto (SP) e por outros dirigentes nacionais do partido.
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