O presidente interino do PT, Marco Aurélio Garcia, voltou a afirmar que o partido não vai pedir mais espaço no primeiro escalão do governo e ?não tem pressa? de discutir as mudanças ministeriais que deverão ser feitas durante o segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.

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Garcia garante que esse assunto não foi tratado na reunião de hoje (27) entre Lula e representantes da comissão política do PT, no Palácio do Planalto. Ele disse que, nesse momento, o partido está mais interessado na política de governo.

?Não discutimos questões de varejo, e sim questões de grandes orientações. Mais uma vez viemos aqui para transmitir ao presidente as nossas preocupações em relação ao governo e ao futuro do país. Nós queremos que o próximo governo não seja simplesmente uma continuidade do atual, apesar de valorizarmos extremamente o que foi feito nesses quatro primeiros anos. Queremos um governo que inove mais ainda, que aprofunde as mudanças que o país está vivenciando?, disse o presidente do partido após a reunião.

Garcia informou que a idéia do presidente Lula é, aos poucos, realizar transformações nos ministérios. E que a composição ministerial só deverá ser tratada com o partido na segunda quinzena de janeiro. ?Assim como o presidente, acreditamos que as transformações não devem se medir em dias, semanas?.

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O presidente interino voltou a manifestar, em nome do partido, sua "indignação" com o indiciamento pela Polícia Federal do senador Aloísio Mercadante e seu suplente, José Giacomo Baccarin, no inquérito que investiga a compra de um suposto dossiê contendo acusações contra o governador eleito José Serra e outros políticos do PSDB.

O líder do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS), que também participou da reunião, disse que o assunto "disputa pela presidência da Câmara" também foi tratado ?rapidamente?.

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?Reafirmamos a nossa posição, e esta é a do presidente inclusive, de que estamos construindo uma coalizão governamental para dar sustentação a este governo. Por isso, estamos trabalhando para que esta coalizão tenha uma única candidatura à presidência da casa?, afirmou Fontana.