Brasília – A Comissão Executiva Nacional do PT elaborou nesta segunda-feira (26) documento para consolidar a posição do partido em relação à reforma ministerial. O documento foi elaborado após seis horas de reunião na sede do Diretório Nacional do partido, em Brasília, mas o presidente da legenda, deputado federal Ricardo Berzoini (SP), afirmou que o conteúdo só será divulgado na reunião que o partido terá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda sem data marcada.
Segundo Berzoini, a elaboração do documento foi essencial para o partido unificar o discurso. ?Até agora havia apenas opiniões isoladas dentro da legenda?, explicou. ?Com o documento, o partido tem uma posição oficial para apresentar ao presidente Lula?, afirmou.
Na saída da reunião, Berzoini evitou divulgar os nomes indicados pelo partido para compor o governo. Ele, no entanto, comentou a preocupação dos partidos da base aliada caso o PT queira avançar sobre pastas controladas por legendas que apóiam o governo, como o Ministério das Cidades, atualmente com o PP.
?Essa preocupação da base aliada é legítima, porém infundada?, disse o presidente do PT, sem dar mais esclarecimentos.
A reforma política também foi discutida pela Executiva Nacional. Segundo Berzoini, o PT pretende lançar, nos próximos meses, uma campanha para defender a fidelidade partidária, o financiamento público de campanhas e o fim das coligações proporcionais.
Em abril, explicou Berzoini, o partido fará um encontro para fechar questão em torno de temas sem consenso dentro da legenda, como o voto em lista fechada. ?Embora o partido tenha uma deliberação anterior, que aprova o voto em lista, é preciso maior aprofundamento para deixar claros os critérios que o PT defenderá?, disse.
No sistema de lista fechada, o eleitor vota na legenda para os cargos de deputado e vereador. O preenchimento dos cargos, porém, segue a ordem de uma lista definida por cada partido político.
