PT e PSDB são os dois partidos mais endividados do País. Os petistas venceram a disputa presidencial, mas fecharam o ano no vermelho, assim como o PSDB, que além da derrota teve de amargar um saldo negativo de R$ 17,79 milhões. O PT foi o último a entregar sua prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ontem, como manda a lei. Até as 19 horas, o TSE não havia aberto as contas, mas dirigentes petistas dizem que a legenda acumula dívida de cerca de R$ 50 milhões.
Entre os sete maiores partidos a disputar as últimas eleições, só PT, PSDB e PR (ex-PL) estão no vermelho. PMDB, DEM (PFL até o ano passado), PP e PTB têm saldo positivo. O maior é o do DEM, de R$ 1,94 milhão, seguido do PMDB, com R$ 1,8 milhão. O PTB declarou receita de R$ 9,3 milhões e despesas de R$ 8,97 milhões.
o PSDB teve R$ 21,034 milhões do Fundo Partidário, mas só os gastos com a campanha de Geraldo Alckmin produziram déficit de R$ 19,9 milhões. A derrota custou R$ 81,9 milhões, segundo a declaração ao TSE. A contabilidade do partido não se mistura à eleitoral. Somados o Fundo Partidário, as contribuições de filiados e as doações – R$ 14,6 milhões -, a receita do PSDB chegou a R$ 37 milhões. Mas a despesa ficou na casa dos R$ 55 milhões. As cotas do Fundo Partidário para PSDB, DEM e PMDB praticamente se equivalem. Os peemedebistas ficaram com R$ 22,2 milhões e não declararam ao TSE nenhuma receita de doações ou contribuições de filiados. Os gastos declarados foram de R$ 20,7 milhões. A receita total do DEM foi quase idêntica: R$ 22,02 milhões.