O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não deu nenhum testemunho mas seu nome foi finalmente falado, e bastante, no horário destinado ao candidato ao governo do Paraná pelo PT, senador Flávio Arns. O crédito foi dado a várias obras do governo Lula no Estado, sobretudo ao programa Luz para Todos, a pavimentação da BR-153, no norte do Estado, e, sobretudo, aos recursos destinados à Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, na região metropolitana de Curitiba.
Tendo Arns como apresentador do programa, a imagem de Lula erguendo um recipiente com o H-Bio (espécie de biodiesel produzido no Paraná), como se fosse o troféu da Copa do Mundo, foi reprisada. A informação acentuada por Arns é de que Lula vai investir na refinaria mais US$ 1,4 bilhão nos próximos anos, criando 17 mil empregos na região. "Imagine o que aconteceria se o governo do Estado trabalhasse em parceria com o governo federal", disse.
Sem candidato próprio, o PSDB está privado de falar de Geraldo Alckmin durante o horário destinado aos pretendentes ao Palácio Iguaçu. O nome dele aparece apenas nos intervalos entre um e outro candidato a deputado. O horário curto do PSL é utilizado pelo candidato Antônio Roberto Forte, sem menção à candidatura ao governo federal. O mesmo acontecendo com o PSDC, destacando-se somente o candidato ao governo estadual, Luiz Adão. Exceção ao PSOL, em que o candidato estadual Luiz Felipe pede votos para Heloísa Helena, e o PCO, com um protesto contra a impugnação da candidatura de Rui Pimenta.
O PDT, que tem o maior tempo no horário eleitoral no Estado, também não tocou no nome de Cristovam Buarque até agora. Ontem, o candidato ao governo, Osmar Dias, foi mais direto em suas críticas ao atual governo estadual no que diz respeito à educação. Segundo ele, foi ignorada a promessa de investir 25% do orçamento, o que representa não ter sido aplicado mais de R$ 1 bilhão. Em um possível governo seu, Dias prometeu que a TV Educativa será utilizada para educação "e não para propaganda do governador".
Já o governador Roberto Requião (PMDB) aproveitou o espaço para dizer que em sua administração foram criados mais de 334 mil empregos. Segundo ele, a isenção de impostos de vários produtos e a redução em outros fez com que os empregos aumentassem. "O que está dando certo não pode ser mudado", acentuou. "A política séria de cortar impostos para aumentar empregos precisa continuar.